CRISTINA LEIFER

PENSO ONDE NÃO SOU. SOU ONDE NÃO PENSO [Lacan]

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Sou artista do sensível e ser atriz é o eixo daquilo que posso ser no seu entorno: diretora artística, poeta, professora, produtora cultural...

 

Nasci em Salvador, Bahia. E, por causa de toda a  "magia, dos feitiços e da fé" dessa terra, considero-me sujeito do mundo. Somos todos estranhos familiares em nossas tragicomédias. Admiro Fernanda Montenegro, Cacilda Becker, Marieta Severo, Andréa Beltrão, Yumara Rodrigues, Fernando Fulco, Caetano, Gil, Gal, Bethânia, Elis, Macalé, Paulinho da Viola, Miltom, Waly... Brecht, Beckett, Ionesco, Ibsen, Tchekhov, Sófocles, Eurípedes, Ésquilo... Sophia de Mello Breyner Andresen, Wislawa Szymborska, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Sapho...   "E o pessoal da pesada / E se um dia eu tiver alguém com bastante amor pra me dar / Não precisa sobrenome / Pois é o amor que faz o homem." 

 

Parafraseando Gertrude Stein, segue abaixo uma resumidíssima "autobiografia de todo mundo".

 

Cristina Leifer é o meu nome artístico desde 2012, antes conhecida como Cristina Dantas. Desafiada pelos meus anseios para uma significativa mudança profissional, eis que começo com o sobrenome... batizando-me para seguir um caminho legitimado por uma escolha:

 

Bancar o meu desejo de ser... de ser artista nesse mundo... criar é a minha força! É essa a minha fonte! De desejos, de amor e de renda!

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Atualmente atuo como atriz, diretora artística de teatro e audiovisual e produtora cultural. Coordeno o Cenáculo - Núcleo de Estudos Teatrais (https://cenaculoteatro.wixsite.com/bahia). No momento estou criando e produzindo de forma independente o espetáculo de teatro-dança DANÇO PARA MINHA MÃE inspirado na relação que tive com a minha mãe em estado vegetativo numa clínica, com estreia prevista para o ano de 2023.

 

Nesse ano de 2022, realizei um sonho ao concretizar a oficina de poesia falada FALASSER A SUA VOZ NA POESIA como desdobramento da oficina de teatro FALASSER CONSTRUINDO UMA DRAMATURGIA DO EU. 

 

Trabalho com poesia falada desde quando comecei a fazer teatro aos 20 anos. Fiz recitais falando poemas com acompanhamento musical e criei o grupo CONCERTOS ARTES INTEGRADAS. Com esse grupo criei o projeto CONCERTOS PARA POESIA, apresentando poesia e música em museus, escolas e espaços sensíveis da cidade soteropolitana poemas de Castro Alves, Adélia Prado, João Cabral de Melo Neto, Paul Claudel, Ildásio Tavares, entre outros. 

 

O meu sonho realizado mais recente é o FALASSER A SUA VOZ NA POESIA um combo de oficina de poesia falada mais a apresentação artística de um recital com o poema "Passagem das Horas" de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa com o acompanhamento sensível da contrabaixista Jéssica Albuquerque da Orquestra Sinfônica da Bahia - OSBA. Apresentamos no Museu de Arte da Bahia em novembro. No momento estou captando recursos para novas apresentações.

 

Em abril de 2021, apresentei o espetáculo "Ensaios sobre o fim - A peça"  (@ensaiossobreofimapeca), em formato online, juntamente com o projeto CONVERSAS SOBRE O FIM, uma série de bate-papos com especialistas convidados para falarmos sobre a arte, o luto e a morte. O psicanalista Marcelo Veras, o psiquiatra Antônio Nery Filho, a enfermeira em cuidados paliativos Paola Mercer, o cineasta Henrique Dantas e o ativista Tom Almeida. Em 2019 a dramaturgia do espetáculo foi indicada ao prêmio Baskem de Teatro. A estreia presencial da peça foi em abril de 2019 na Aliança Francesa logo após a viagem a Burkina Faso, África, para participar do Festival Internacional de Patrimônios Imateriais. Nesta peça eu atuei, dirigi e escrevi a dramaturgia.

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No início de 2020 concebi e produzi de forma independente o edital ESTOU VIVO? [triploaproducoes.wixsite.com/estouvivo] para amenizar o impacto da pandemia, além dos projetos online RECITALIVE, uma série de entrevistas com artistas homenageando a poesia e o POESIA DE TODO DIA, no qual crio dez vídeopoemas com a poesia de uma poeta de minha escolha. Esses projetos estão no perfil do Instagram @estouvivo.recitalive. Em 2017 criei o canal no Youtube para o projeto POEMAS EM SÉRIE, uma série de vídeospoemas das poetas Wislawa Szymborska, Matilde Campillo, Ana Cristina César, Angélica Freitas, Conceição Evaristo.

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O COMEÇO DE TUDO

 

Comecei a minha história como atriz em 1992 na "Oficina de Preparação de Atores" da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia - Ufba. Aos 23 anos, em minha primeira peça profissional, fui contemplada com o Troféu Bahia Aplaude na categoria Melhor Atriz (atual Prêmio Braskem de Teatro/Ba). Já trabalhei com alguns sensíveis diretores de teatro: Aimar Labaki em "Sonata de Outono"; Fernando Mora Ramos (Portugal) em "Supernova", através da Cena Lusófona/PT, em parceria com o Teatro Vila Velha/BA; Paulo Paiva em "Hard Time" (peça na qual fui premiada); com Gil Vicente Tavares em "As Criadas", "A Boa" e "O Despertar da Primavera"; Cláudio Simões em "Oração" e outros de igual competência. Integrei o primeiro elenco de atores do Programa Teleteatro da TV Anísio Teixeira/TVEducativa/BA. Atuei em peças de dramaturgos como Jean Genet, Eurípedes, Frank Wedekind, Fernando Arrabal, Abel Neves, Aimar Labaki, etc.

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PROJETOS REALIZADOS 

 

Em 2014 coordenei e criei o projeto Bergman no Teatro: encenar no teatro os roteiros dos filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman, com a parceria institucional da Fundação Bergman na Suécia. Era mais um sonho realizado ao ver esse projeto aprovado em edital. E sobretudo por ter falado por telefone com Liv Ullmman, uma das maiores atrizes de Bergman.

 

No ano de 2015, lancei-me ao abismo da arte da performance com o espetáculo intermídia ALÍNGUA, sob a competente direção artística do poeta mineiro do mundo Ricardo Aleixo (alingualingualingua.blogspot.com.br). Em 2016 monto a performance DEUS E O DIABO COM TERÇOL [OU FAÇA DE MIM O QUE QUISER], inspirada na comédia O OLHO DO DIABO, filme de Ingmar Bergman (facebook.com/performancecristinaleifer).

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Em 2015 também recebi um convite delicado e desafiador, compor a comissão julgadora do Prêmio Braskem de Teatro. Como gosto de provocações e desafios aceitei de imediato. Em 2014 participei da comissão de seleção do Polo Teatral 2014 - I Festival de Teatro do Interior do Estado da Bahia. Em 2010 participei da curadoria do II Festival Nacional de Teatro da Bahia. 

 

Em 2013 trabalhei como professora do Programa de Qualificação em Artes no Interior da Bahia promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Porto Seguro e Vitória da Conquista), ministrando o curso de construção de poemas sonoros “O Som da Palavra: da letra ao sentido”. Ministrei a disciplina “Interpretação para Teatro Contemporâneo” no âmbito do projeto Retrate -­ Requalificação dos Trabalhadores do Teatro, promovido pelo Sated-­Ba. Em 2018 ministrei a oficina "Falasser - Construindo uma dramaturgia do Eu" dentro da programação do Festival de Teatro do Interior da Bahia/ Prêmio Braskem de Teatro.

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UNIVERSIDADE

 

Andei pelo caminho da academia graduando-me em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia e especializando-me em Teoria Psicanalítica pela Escola Brasileira de Psicanálise e Escola Baiana de Medicina. No entanto, fiz-me Doutora em Artes Cênicas pela Ufba sob a orientação do Profº Drº Ewald Hackler. E ao longo da minha vida segui outras estradas de formação em artes cênicas participando de oficinas de teatro com Ariane Mnouchkine, diretora do Théâtre du Soleil;  Michael Corbidge, Treinador Sênior de Voz e Texto da Royal Shakespeare Company; Justin Audibert, diretor artístico da Royal Shakespeare Company; Sergey Zemtsov, diretor do Teatro de Arte de Moscou;  entre outros. Por causa dessas formações adquiri uma inquietação para com os meus pares: a necessidade de dialogar sobre o nosso trabalho e o dos outros, a partir de uma teoria ou de uma prática cênica. Diante desse desejo, formei o coletivo Cénaculo - Núcleo de Estudos Teatrais, com os apoios do Teatro Castro Alves e Teatro Sesi Rio Vermelho. Nos encontramos quinzenalmente para dialogar sobre o teatro nosso de cada dia e outros saberes. 

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Assim caminho pelo mundo... construindo pontes para o sensível!